Com o objetivo de facilitar a assimilação dos capítulos seguintes e, dada a grande confusão que existe na definição de alguns termos, conceitos e disciplinas, serão apresentados aqui alguns conceitos e definições utilizados neste trabalho.

Conhecimento, segundo o Aurélio, é o “ato ou efeito de conhecer. Prática da vida; experiência. Discernimento, critério, apreciação”. É definido também como um “processo pelo qual se determina a relação entre sujeito e objeto”. Em tecnologia da informação, é relativamente comum a confusão entre Conhecimento e Informação.

Informação, ainda segundo o Aurélio, são “dados acerca de alguém ou de algo.” Em informática é uma “coleção de fatos ou de outros dados fornecidos à máquina, a fim de se objetivar um processamento”.

Dado, portanto, é um “elemento de informação, ou representação de fatos ou de instruções, em forma apropriada para armazenamento, processamento ou transmissão por meios automáticos”.

Muito do que recebemos, em propagandas ou apresentações de produtos, como Gestão do Conhecimento (KM – Knowledge Management), refere-se na verdade a repositórios inteligentes para Dados e Informações. São “inteligentes” porque podemos criar relações (na forma de hiper-texto e meta-dados, principalmente) entre documentos de diversos tipos, além de serem dotados de práticos mecanismos de buscas. A este “conhecimento” (dados e informações), recuperável e reproduzível a qualquer momento e que faz uso de diversos meios, dá-se o nome Conhecimento Explícito.

Já ao conhecimento fruto da “experiência; prática da vida”, ou seja, aquele que reside na cabeça das pessoas, dá-se o nome Conhecimento Tácito.

Neste trabalho, Gestão do Conhecimento deve ser compreendida como “a tarefa de identificar, desenvolver, disseminar e atualizar o conhecimento estrategicamente relevante para a empresa, seja por meio de processos internos, seja por meio de processos externos às empresas”(3). Portanto, “o conhecimento da empresa é fruto das interações que ocorrem no ambiente de negócios e que são desenvolvidas por meio de processos de aprendizagem”(4).

“A Organização que Aprende é a que dispõe de habilidades para criar, adquirir e transferir conhecimentos, e é capaz de modificar seu comportamento, de modo a refletir os novos conhecimentos e idéias”(5). Essas empresas “gerenciam ativamente o processo de aprendizado, para assegurar a sua ocorrência mais por deliberação do que por acaso”6.

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3 – “Gestão Estratégica do Conhecimento”, Fleury, Maria T.L. et al

Editora Atlas / USP (2001)

4 – Idem

5 – “Construindo a Organização que Aprende”, Garvin, David A.

Gestão do Conhecimento (Harvard Business Review on Knowledge Management) – Editora Campus (2001).

Artigo publicado originalmente em julho-agosto de 1993.

6 – Idem