Várias novas. Tanto que precisarei d’outro post para apresentá-las por inteiro. Mas antes, nossa tradicional prestação de contas. Aconteceu na última quinta (24/abr), a 2ª turma da oficina “Análise e Modelagem de Negócios” em Sampa. É o meu “patinho feio”. Explico: ao contrário de sua co-irmã, a oficina “Engenharia de Requisitos”, esta não está sexy o suficiente – não é atraente. Tanto que o público foi “só” 1/3 da média apresentada pelo outra. Sigo sem entender (“elas são indissociáveis!”, é meu choro frequente), mas não insistirei no modelo. Teimosia tem limite. Senão vira burrice, hehe. Mas falarei sobre as mudanças depois.

Turma pequena é turma privilegiada. Posso atender todo mundo de uma forma mais frequente e pessoal. As interações tendem a ser um pouco mais ricas. E que sorte tivemos neste último evento! Experiências com Aris; AN’s (Analistas de Negócios) de uma grande empresa que utiliza XP (eXtreme Programming) como seu principal processo de desenvolvimento (!); um “Dino Coboleiro” (em suas próprias palavras); e, pela segunda vez, uma profissional de marketing interessadíssima na matéria; quatro participantes já haviam participado da outra oficina, o que também enriquece o evento – dois são professores (!); três pessoas foram de Curitiba exclusivamente para o evento; empresas importadoras e pequenas e médias empresas que desenvolvem sistemas. Ou seja, a turma era pequena mas eclética, variada, rica. O evento ganha muito com a diversidade – podemos conversar sobre vários modelos de negócios, estratégias, processos, problemas e oportunidades. Tanto que eu não via a hora de publicar esta “rendiconti”. Tanto que nem esperei pelas fotos. Quando elas aparecerem, publico aqui.

Pelo resumo das avaliações que recebi, posso concluir que todos gostaram muito do evento. Mesmo assim, recebi 3 belos “puxões de orelha”. Vou aproveitar este espaço para comentá-los e, quando for o caso, rebatê-los.

Aris

O Aris vem no SAP R/3; é uma “linguagem” madura; “todo mundo usa”; “o usuário não precisa de treinamento para entendê-la”; “você não pode ignorá-la”. Pois bem, é a primeira vez que alguém me cobra isso. O que, definitivamente, torna o “todo mundo usa” um exagero. Quando iniciei este trabalho, há mais de um ano, naveguei brevemente pelo “mundo Aris”. O ignorei por completo por um simples motivo: meu trabalho simplesmente não cita nada que não seja um padrão aberto. Mesmo que a tentação (e as justificativas acima) sejam muito fortes, não cometerei o pecado de amarrar os conceitos e práticas que apresento em uma tecnologia ou ferramenta proprietária. Seria um suicídio. No mais, trata-se apenas de outra linguagem, assim como BPMN e a EPBE (UML) que apresento. Assim como eu falo sobre UML, deve ser fácil aprendê-la em um treinamento de 4 horas, mais ou menos.

UML (e a extensão EPBE) seguirão no núcleo de meu trabalho sobre análise e modelagem de negócios. Mas vou considerar seriamente a inserção de um capítulo sobre outras notações. Mais que isso, deixarei em aberto a possibilidade de uma versão deste evento que utilize o Aris ao invés de EPBE. Mais sobre as extensões do programa FAN (Formação de Analistas de Negócios) abaixo e em futuros artigos.

Inovação

Veio do mesmo (simpático) crítico que sugeriu Aris: “esperava algo novo”. Ele falava especificamente da parte onde mostro a elaboração de um balanced scorecard (BSC) em EPBE. Juro, sigo achando que isso é novo! E me esqueci de perguntar se isso seria possível em Aris. Agora, se ele esperava uma alternativa ao BSC, acho que seguirei devendo por um bom tempo. Não vi surgir nada – com exceção do irmão do BSC, o Mapa Estratégico – que represente melhor a estratégia de uma empresa. Sério – não vejo nada no horizonte. Posso estar enganado. Mas, como não foi colocado nada no lugar, seguirei com minhas sugestões.

XisPê

A dupla (de AN’s) de uma grande empresa nos mostrou como eles trabalham com XP (ou XisPê ou eXtreme Programming). Foi muito legal. Usam stories (e não casos de uso); pair programming; TDD (Test-Driven Development); ou seja, todas as práticas fundamentais de XP. Detalhe: exceto uma! São eles que se sentam ao lado dos programadores, não os usuários. Meio na brincadeira (e meio sério), alertei-os que os “radicais” falarão que então não se trata de XP de verdade. Afinal, os “radicais” detestam AN’s! Não importa: estão felizes com o processo e, mais importante, está funcionando! Atenção pessoal que vive sendo cobrado (inclusive por este que aqui rabisca) por casos de sucesso na implantação de XP: taí um belo caso. Com AN’s!

Gripe Terremoto

Tive uma reunião logo após a oficina. Quando ela se encerrou, lá pelas nove, o primeiro tremor. Sinto uma gripe chegando de longe. E esta resistiria até a uma dose cavalar (e perigosa) de Resfenol. Só sei que não tem nada a ver com Dengue e afins porque estou quase sem voz, parecendo um poço artesiano e tremendo mais que prédio de Sampa na última terça. Ou seja: trata-se da gripe terremoto. Problemão: tenho vários compromissos na próxima semana. Se a overdose de chás e outros remédios não adiantar, não sei o que vou fazer. Só sei que o final de semana será diferente, com o note na barriga acompanhando meus tremores, hehe..

Cadê o Cisne?

Pois é: se o patinho feio se foi, cadê o cisne? Bom, ele precisa de alguns dias para concluir sua metamorfose. O coração do programa não sofrerá alterações, é lógico. Mas a oficina sofrerá grandes alterações, inclusive na forma como é comercializada. Preciso deixar mais nítida a amarração entre “Análise e Modelagem de Negócios” e a “Engenharia de Requisitos”, mesmo que um dos meus requisitos fundamentais seja o “leve acoplamento” dos eventos (ou seja, um não é e não será pré-req para o outro). Complicado, não? Bom, acho que já tenho a solução, e espero apresentá-la em breve.