Título estranho, não? Faltou inspiração e tempo para encontrá-la. Será que a esqueci em Sampa? Pode ser. Fazia tempo que eu não ficava 5 dias consecutivos na Terra da Garoa. E isso bagunça um tanto meu humor, metabolismo e, pelo visto, inspiração. Peguei 30° quando cheguei por lá. Quando saí, na manhã do último domingo, tava fazendo uns 12°, se muito. Mas não, nada de gripe (nem terremoto) desta vez. Só uma pressa, uma certa ansiedade que, tenho certeza, importei de lá. Mas vamos ao que interessa.

Na quarta-feira, dia 28, estive no SENAC (campus Santo Amaro). Atendia um convite do Leandro Abreu e da professora Maria Inês. Convite motivado por uma oferta minha que segue valendo: para escolas e afins, públicas ou privadas, levo meus eventos sem custos*. E lá fui, com um note que se recusou a falar com o projetor deles e 147 slides (!) de uma versão light (!!) do FAN – Formação de Analistas de Negócios. Light porque eu só tinha 3 horas de prazo. Claro, o tamanho da versão que levei estava pra lá de exagerada. Mas funcionou.

Não cansarei de dizer: gosto do contato com a estudantada. A troca é bem diferente daquela que experimento em eventos abertos. Também foi bastante diferente das experiências nas Universidades do interior. Estudantada de Capital é um pouco mais ‘calejada’. Infelizmente, um pouco mais cansada também. Mas acho que consegui dar meu recado. A maioria dos participantes era de uma turma de Sistemas de Informação, caminho mais natural para a Análise de Negócios. Como sempre, fiquei devendo um retorno. Queria a oportunidade de executar uma oficina completa – de colocar o pessoal para trabalhar. Queria contrastar minhas sugestões de métodos e práticas com aquela não-experiência, aquela quase total ausência de vícios.

FAN no Sabadão

Pois é, finalmente o FAN aconteceu num sábado (31/mai). Realmente tem muita gente que não pode ‘largar o osso’ do trampo durante a semana. E tem disposição para encarar um evento que dura o sábado todo! E põe gente nisso: a sala ficou lotada, mais de 60 participantes!

Comecei o evento comentando um terrível engano: que minha intenção era “matar” aquele evento, o formato FAN “palestrão”. Tanto que era a primeira turma dele em 2008. Daí o placar do título: eu perdi. O FAN “teórico” é um bom produto, que não ‘canibaliza’ as duas oficinas (práticas), Modelagem de Negócios e Engenharia de Requisitos. Eu devo redesenhá-lo, pelas bordas, buscando atender melhor os gerentes e coordenadores de projetos, gerentes de TI e afins. Mas o formato, definitivamente, deve permanecer vivo. E, de preferência, atraindo uma turma tão ‘combativa’ quanto aquela de sábado.

Combativa? Pois é, não achei adjetivo melhor. Foi uma turma que teve a mesma dinâmica, a mesma interação que uma turma de oficina. Não apenas para concordar ou ilustrar determinados aspectos, mas principalmente para questionar e explorar melhor diversos temas. O André, da Tempo Real Eventos, participou por cerca de uma hora. Depois, por email, fez o mesmo comentário: que a turma havia me colocado em diversas “frias”. E o melhor: eles não se satisfaziam facilmente. Alguns assuntos, como o fatídico “joga o caso de uso no lixo”, foram e voltaram várias vezes. Fantástico!

Eu sempre entrego que trabalho com um buffer (pulmão) de 1 hora. E digo que, se o evento for ruim (sem nenhuma interação), ele termina lá pelas 17 horas. Pois bem, só encerrei a parte formal do evento lá pelas 18h10. E as conversas prosseguiram por mais meia hora, no mínimo. Em pleno sábado frio e feio numa Paulista estranha e movimentada. Ah, a apresentação estava com 194 slides, um recorde pessoal. Na noite de sexta eram 200. Na última revisão, louco por uma simplificação, consegui cortar 6…

Deveria ter cortado um dedo também. Explico: lá pelas tantas, 5 e meia da tarde, resolvi fazer uma contagem nos dedos. Acho que falava de definição do escopo. Deveria ilustrar o 1 (opcional), 2 (importante), 3 (fundamental). Desastrado como nunca, na hora do 1, deixei só o dedo médio levantado – como aquele zagueiro do Botafogo – na frente da turma. Acho que demorou uns 10 segundos para eu perceber. Mas a turma, educadíssima, só caiu na risada quando eu recolhi o dedo, morrendo de vergonha. Assim terminou, como havia começado. Num clima legal, com a turma dando risadas e participando. Em pleno sabadão! Não havia melhor forma de comemorar 1 ano de FAN, né?

Mas as comemorações não se encerraram ali. Só começaram. Novas em breve. Inté!