Sul das GeraesSexta (6/jun): Varginha (Vga) – Machado – Campestre.

Sábado: Campestre – Poços de Caldas – São João da Boa Vista – Poços – Campestre.

Domingo: Campestre – Vga.

Segunda: Vga – Três Corações – Carmo da Cachoeira – Nepomuceno – Lavras.

Terça: Lavras – Nepomuceno – Coqueiral – Santana da Vargem – Três Pontas – Vga.

Pois é, finalmente consegui trabalhar um pouco em minha região, 2.5 anos depois de fixar residência por aqui. Grande satisfação. Infelizmente, acompanhada de uma imensa decepção. Sacou no mapinha a quantidade de “BR’s”? Pois é, tirando um pequeno trecho de Fernão Dias, o que vi foi uma buracada danada com alguns pedacinhos de estrada. O trecho entre Machado e Poços é uma grande vergonha, incompatível com a relevância daquelas cidades. Mas a questão não se limita às estradas. Fiquei muito triste ao ver as rodoviárias de Coqueiral e Santana. A gente só percebe assim, ao vivo, a distância que existe entre propagandas “oficiais” e nossa realidade. Quando se fala em concentração de renda pensamos apenas nas pessoas ricas e pobres. Ignoramos que tal distância também caracteriza nossas regiões, cidades e bairros. Saca aquela ponte nova inaugurada recentemente em Sampa? Pois é, por aquele valor (R$ 300M) dava para colocar asfalto e rodoviárias minimamente decentes em todo o Sul das Geraes. Tristes Minas. Há 5 décadas se contenta em ser um “inocente útil” no cenário nacional. Há meio século (ou seriam 5 séculos?) se engana e é enganada. Tristes Geraes… Presenteada com beleza e riqueza ímpares, merece administradores mais sérios e comprometidos.

Mas o papo aqui deve ser outro. O evento de sábado foi fechado, então não cabe uma ‘prestação de contas’ pública. Já os dois eventos do início da semana, na UFLA (Universidade Federal de Lavras), merecem uma breve dissecada. Atendendo um convite do Prof. Antônio Maria, levei para a estudantada de Lavras as duas oficinas do FAN: Modelagem de Negócios e Engenharia de Requisitos. Fizeram parte da “Semana Acadêmica”, um evento organizado e tocado pelos alunos.

Público certo, formato errado. Aquela cambada novinha não tem a menor paciência para eventos com 7hs de duração, né? Claro, com exceção de ‘raves’ e bagunças afins. Mas aturar uma oficina de 7 horas? Haja paciência. Não demorei para perceber o equívoco, reduzir a carga e tentar tornar o evento mais leve. Podem perguntar: você não pensou nisso antes? Sinceramente? Não. Minhas experiências anteriores foram com eventos mais curtos ou uma platéia um pouquinho mais velha. (Velha? rs..). Creio que a maioria da turma de Lavras não tinha de idade o que tenho de vida profissional. Belo desafio.

Que, apesar dos pesares, rendeu bons frutos. Forcei o papo sobre profissões e mercado de trabalho, 3 vezes em dois dias. Mostrei o AN, mas também falei dos outros 6 perfis que formam aquilo que chamo de “dream team”. Me animei até a escrever uma pequena série sobre ele. Deve rolar em breve, no Graffiti.

Encurtei mas não podei nada da “alma” das oficinas. Coloquei a estudantada para trabalhar, experimentando pela primeira vez um perfil diferente de exercícios para a Modelagem de Negócios. Foi o melhor conjunto dos 4 que experimentei até hoje. No dia seguinte, com alguns novos integrantes, rolou a oficina Engenharia de Requisitos e sua tradicional competição. O grupo Top Cine (da Giulia), pelo conjunto da obra (Especificação de Caso de Uso, Protótipo e Documento de Visão), merece o topo do pódio. Seu designer, Thiago, trabalhou para todos quando subiu no palco para ilustrar nossa sessão de brainstorming.

O grupo Media Player, do Renan, chegou ao ponto de falar que aquela solução custaria R$ 9.600. Enquanto o MMMovie, da Stella, furou os olhos e pediu R$ 15k! Sei lá d’onde tiraram os valores… Peço apenas uma estimativa de horas, um exercício com pontos por caso de uso. Mas vale tudo, e a brincadeira fica mais divertida assim. Também merecem destaque os papos e a qualidade das perguntas. Parte daquela estudantada te desafia e não se contenta com pouco. Bela experiência. Que deve se repetir por causa de uma oportunidade inusitada: a UFLA deve servir de “laboratório” para novos eventos, uma “plataforma de lançamentos”! E ainda tem gente que estranha minha insistência com esses eventos 0800… ignoram o tanto que ganho. Semana que vem tem mais, na UNESP de Bauru.

Momento “TKS!”: Prof Antônio Maria (pela oportunidade); Michel (pela recepção e preocupação); Fred (pelas caronas); e aquela patota toda pela participação.  Ah, faltou dizer que as instalações da UFLA são um show… em ritmo de expansão. Legal saber que o Sul das Geraes, apesar de tantos pesares, tem uma organização assim.