Entrada diferente em nossa biblioteca. Para começar o ano, filmes ao invés de livros. Fiz uma pequena seleção de títulos que divertem e/ou ensinam. Só uma coisinha lhes dá liga: negócios. Espero que você goste.

A Roda da Fortuna

(The Hudsucker Proxy – Irmãos Coen, 1994)

A Roda Da FortunaUm filme para ver e rever. Tim Robbins mostra como uma inovação pode catapultá-lo para o alto escalão de uma empresa. Paul Newman está impagável no papel de um executivo. Comédia nota 10. De quebra, você aprende um pouco sobre modelagem de negócios.

Também é dos irmãos Coen uma das mais hilárias histórias de projetos já filmada, Matadores de Velhinha (The Ladykillers, 2004). Tom Hanks faz uma boa caricatura de um gerente de projetos. Nunca foi tão fácil colocar a culpa pelos fracassos em um time. Que time!

O Sucesso a Qualquer Preço

(Glengarry Glen Ross – James Foley, 1992)

Contraponto para as comédias acima. Mostra como é o ambiente de uma empresa que estimula a concorrência interna de maneira doentia. Al Pacino, Jack Lemmon, Kevin Spacey, Alec Baldwin e Ed Harris dão show de interpretação.

Amor sem Escalas

(Up in the Air – Jason Reitman, 2009)

Os Homens Que Encaravam CabrasO trabalho de Ryan Bringham (George Clooney) é viajar e demitir. O bom do filme é o quanto ele nos faz refletir. Tem uma ou outra pitada de comédia e romantismo. Mas é sombrio e ilustra bem uma história recente do “primeiro mundo”.

E por falar no Clooney. Ele participa de uma das melhores comédias dos últimos anos, Os Homens que Encaravam Cabras (The Men Who Stare at Goats – Grant Heslov, 2009). Ok, é sobre o exército, não sobre negócios. Mas assista e me diga se aqueles gurus não têm tudo a ver com alguns “consultores” de negócios que vemos por aí. Ah, os métodos e remédios dos “consultores”…

Trabalho Interno

(Inside Job – Charles Ferguson, 2010)

Trabalho InternoA crise de 2008 (ainda sem fim) tem rendido bons filmes. O mais didático deles é este documentário narrado por Matt Damon (da Trilogia Bourne). Ilustra bem como a banca internacional e os governos criaram a mais séria crise do capitalismo depois da grande quebra de 1929. Outra utilidade: aprender a contar uma história pra lá de complexa de forma simples e objetiva.

Sobre o mesmo tema merecem destaque outros três filmes. Grande Demais para Quebrar (Too Big to Fail – Curtis Hanson, 2011) foi feito para a TV mas tem jeitão de cinema. E conta com atuações impecáveis de William Hurt e James Woods. Mostra como grandes bancos e o governo americano lidaram com a crise logo que ela estourou.

Uma perspectiva diferente do mesmo fato é mostrada em O Dia Antes do Fim (Margin Call – J.C. Chandor, 2011). O título em português é divertido, entrega todo o suspense da trama. Trata-se de uma dramatização do que teria ocorrido em um grande banco de investimentos na noite em que um analista de riscos descobriu o tamanho do rombo que eles criaram. A primeira cena com Kevin Spacey é estarrecedora. A sinceridade do CEO interpretado por Jeremy Irons (“Não estou aqui por causa de minha inteligência”) é desconcertante.

Oliver Stone não perderia a chance de aproveitar a crise para retomar uma história iniciada em 1987. Produziu e dirigiu Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme (Wall Street: Money Never Sleeps, 2010). É inferior aos três anteriores, mas vale pelas atuações de Michael Douglas e Shia LaBeouf.

Tempos ModernosContei agora, nove sugestões. Quero crer que para todos os gostos. Mas falta um para a lista ficar redonda. Que tal um clássico, pioneiro ao levar o mundo dos negócios para o cinema? Tempos Modernos (Modern Times – Charles Chaplin, 1936) dispensa comentários.

E suas dicas, quais são?