Mente curiosa a nossa. Uma simples mudança no calendário afeta ânimos, gera otimismo. Muita gente não vê a hora de comemorar a chegada de 2017. Na verdade, torcem mesmo é pelo fim do acelerado e acidentado 2016: já vai tarde!

Mas a nossa mente tupiniquim tem uns hábitos meio inexplicáveis. Parece haver um limbo entre o réveillon e a quarta-feira de cinzas. Dias e dias em que quase tudo é adiado porque um acordo tácito definiu que, por aqui, o ano só começa depois do carnaval. Sabe-se lá quantos décimos de PIB isso nos custa.

Calendários e relógios são sistemas que inventamos para colocar alguma ordem em nossas vidas. Mas eles não deveriam ditar o nosso humor. Além disso, você assinou o Tratado do Limbo Pré-Carnaval? Nem eu. Causa perdida?

Pode ser. Por isso inventei um novo calendário para o finito: já estamos em 2017 e o carnaval já passou. As datas na agenda ao lado refletem o calendário tradicional, para evitar confusão. Mas, saca só como o ambiente está diferente, mais arejado e colorido. Dá uma passeada pela casa e veja o que há de novo.

Aliás, feliz ano novo!

Mais tarde, num boteco

Pô, mas é fácil assim? Então porque não fazer de conta que já estamos em 2018?

Vish, de jeito nenhum! É ano de eleição, esqueceu?

E de copa…

Pois é, melhor tirar o máximo de 2017 mesmo. Tim-tim!

Demorô! Tim-tim!!