Quarenta e tantos dias sem nada de novo por aqui – só uns agendamentos. E, agora, uma prestação de contas? Pois é… E, infelizmente, igualmente defasada. Mas depois eu explico o sumiço. Agora um breve histórico dos 5 últimos encontros – 3 eventos (e menos vírgulas, por favor!).
10 e 24/set – Sampa: a dupla de oficinas. De todos os participantes, 40 e poucos contrataram o par. Este formato de comercialização torna as oficinas mais produtivas. Mas minha memória tem me enganado (“falei sobreisso na oficina anterior?”). O formato também me dá uma segunda chance, a oportunidade de reverter alguma situação. E como eu precisei da 2ª chance. Sei lá porque o encerramento da oficina do dia 10 foi um atropelo só. Claro que deixei uma má impressão. Como praticamente todos os participantes voltaram no dia 24, creio que consegui ‘multiplicar por menos um’ aquela situação.Foi uma turma mais ‘morna’ que a média, mas acho que a culpa é só minha. De qualquer forma, as avaliações foram muito boas.
12/set – Floripa: Só “Engenharia de Requisitos”. Na realidade, um evento ‘bandaid’ que tentou minimizar acidentes comerciais que não merecem nosso tempo. Saí de 34°C em Sampa para uns 12°C em Floripa. Na hora do almoço acusei o baque, pensando que era só cansaço. Não era! Era a 3ª gripe do ano, o que forçou uma drástica revisão de meus hábitos (e dietas). A turma, muito boa, mesclava Floripa, Blumenau, Criciúma e Itajaí. Contei com o apoio do Ronan e do Jefferson, além da visita do Kerber e seus companheiros de escritório de AN. Foi uma turma mais ‘brigona’ que aquela de Sampa – o que sempre enriquece os eventos. As ‘brigas’ tratavam dos temas de sempre: Casos de Uso, Especificação, Documentação…
Aliás, aproveitamos o evento para um breve duelo “Casos de Uso versus Estórias de Usuários (User Stories)”. O Ronan foi ‘convocado’ especialmente para esse teste. A figura ao lado mostra a estória escrita pelo Ronan. Abaixo o caso de uso (surrupiado da turma de Cascavel).
O duelo foi exaustivamente debatido em nosso fórum. A velha conclusão de sempre (“é uma questão de gosto”) é um perigo! Insisto em uma especificação de casos de uso que se limite exclusivamente ao domínio do problema – ao que o usuário precisa fazer. Assim aproximo, conceitualmente, as duas sugestões. Assim a equipe de construção não se vê constranginda por uma especificação fraca (e falsa). Mas as diferenças merecem destaque.
A estruturação da especificação de casos de uso não é uma questão de burocracia. O modelo que sugiro incentiva que o Analista de Negócios (AN) registre alguns dados básicos sobre os requisitos que estão sendo apre(e)ndidos, como seu valor para o negócio (ou Grau de Importância), o dono (responsável) dos requisitos e seu ponto de vista, o processo de negócio em questão etc. São informações que não visam a redução da comunicação da equipe. Pelo contrário, objetivam o enriquecimento dos debates e do conhecimento repassado pelo AN para o restante da equipe. E, como ilustrei no artigo O Parlamento, são informações bastante úteis em alguns processos de tomada de decisões.
O Ronan já disse que gosta de minha sugestão. Outros ‘xispeiros sem preconceito’ também devem gostar do modelo. Se for o caso, não precisa nem chamar de ‘casos de uso’. Que tal “histórias semi-estruturadas”? hehe.. ah… não dá pra colá-las em paredes? Paciência…
26 e 27/set – Cascavel: E que belíssima surpresa foi o evento de fechamento do mês. Não só porque Cascavel é muito bonita e agradável, mas principalmente porque ‘enfrentei’ uma turma muito boa – com 70 participantes! O evento foi promovido pelo APLTIC (Arranjo Produtivo Local – Tecnologia da Informação e Comunicações) do Oeste do Paraná e patrocinado pelo SEBRAE local. Aliás, devo registrar a excelente organização e agradecer toda a atenção que recebi.
O primeiro dia foi de ‘quebra-de-gelo’ – a turma ficou meio quietinha. Mas como é legal quando as oficinas ocorrem em dois dias consecutivos! O dia seguinte, um sabadão ensolarado, foi superquente. Principalmente depois que uma turma de AN’s descobriu que tava fazendo o trampo de alguns Analistas de Sistemas (AS). Foi engraçado mas, se bem entendi, ambos os lados estavam meio insatisfeitos: Os AN’s pelo excesso de trampo; os AS’s pela falta de espaço; ambos pelo volume de atritos. Não sei o que deu, mas muitos falaram que eu havia “mudado suas vidas para sempre”, hehe. Não sabem que também mudaram as oficinas para sempre… Mas isso eu conto depois. Por hora resta dizer que, por uma questão de logística (meu avião estava a 140km de distância, em Foz), a oficina teve 1 hora a menos. E a hora não fez falta? Nenhuma!
Tanto que, depois de muito tempo, tivemos uma turma completando todos os 6 exercícios propostos. E eu prometi registrar aqui qual proposta eu comprei… que dureza! Os grupos eram muito nivelados. O grupo 7, dos Paulos, elaborou protótipos bastante criativos. Mas economizou um pouquinho no caso de uso. O grupo 6, do Ricardo, caprichou mais no caso de uso e fez um protótipo bonitão (com logo da Visa?). O Grupo 9, da Fafita – o grupo que praticamente monopolizou as AN’s, também fez um bom trabalho na especificação de caso de uso. Mas não conseguiu gerar um documento de visão “vendedor”. Aliás, a objetividade do grupo 5 (Tiago) na elaboração da visão merece destaque. Assim como a especificação de caso de uso do grupo 8 (Callian). Resumindo: um grande empate técnico!…Quem faz mais barato? O grupo 5, que deu uma bela torcida na contagem de pontos por caso de uso. Quero ver entregar…
Inté!