Subtítulo: Relevância, Concisão e Simplicidade na Comunicação Empresarial

Autor: Normann Kestenbaum, pós-graduado em administração de empresas pela FGV. Sócio da Baumon, onde presta consultoria para grandes empresas.

Editora: Elsevier / Campus (2008).

Do que se trata: Comunicação empresarial. No popular, um pequeno (108 páginas) grande guia para todo tipo de conversa que rola em uma organização.

A quem se destina: Todo mundo. Claro, todo mundo que conviva de alguma forma em empresas e outros tipos de organizações.

Dê de presente para:

  • Líderes e gerentes de projetos
  • Analistas de Negócios
  • Analistas de Sistemas
  • Todos os chatos que não conseguem transmitir uma simples ideia em 5 minutos ou linhas
  • CIO’s, gerentes e afins

Contra-indicações: Nenhuma.

Prós:

  • Texto leve e agradável.
  • Coerente – Conciso e objetivo.
  • Bem fundamentado, apesar da curta bibliografia (apenas 9 títulos citados).

Contras:

  • Como em praticamente todo título nacional, falta um índice remissivo.
  • E alguns gráficos são muito ruins. Mereciam melhor trato.

Um trecho (escolhido aleatoriamente entre aqueles que destaquei com um marca-textos):

Outro ponto sobre a concisão que merece comentários é a percepção errônea de que apresentação é a parte mais importante de um encontrou ou o único elemento importante a preenchê-lo. Muitas vezes uma pessoa tem 30 minutos para fazer uma exibição, ocupa integralmente esse tempo e é obrigada a ir embora porque seu tempo expirou. E o que pensa o lado de lá? Quais são suas sugestões e contribuições? Para mim, é na troca de idéias que o encontro acontece de fato. Portanto a regra é ser o mais breve e objetivo possível na apresentação, de forma a deixar o máximo de espaço de tempo possível para uma saudável troca de ideías e opiniões.

Uma citação:

É importante ter distanciamento para olhar o jogo inteiro, uma visão panorâmica que permita traçar estratégias. Poucos conseguem virar esta chave.
Garry Kasparov, ex-campeão mundial de xadrez.

Uma piada:

Kestenbaum surrupiou o trecho a seguir de uma matéria da Exame (jul/2005), que por sua vez surrupiou o tema de “Por Que as Pessoas de Negócios Falam como Idiotas” (apresentado abaixo). Trata-se de um exemplo de como não falar nada usando muitas palavras:

Precisamos adotar as melhores práticas. Mas com foco no cliente? É claro! Sem isso perderíamos nossa vantagem competitiva, afetando o bottom line no longo prazo. Mas, se não nos alinharmos às stakeholders, vamos deixar de estar agregando valor ao negócio.

Trilha de estudo para quem quer mergulhar no tema:

  1. Por Que as Pessoas de Negócios falam como Idiotas
    Brian Fugere, Chelsea Hardaway & Jon Warshawsky
    Editora BestSeller (2007).
  2. The Back of the Napkin – Solving Problems and Selling Ideas with Pictures
    Dan Roam
    Portfolio (2008).
    Extensão: blog Digital Roam
  3. Presentation Zen: Simple Ideas on Presentation Design and Delivery
    Garr Reynolds
    New Rider Press (2008).
    Extensão: blog Presentation Zen

Prováveis extensões da trilha (ainda não lidas / testadas):

  • Blink – A Decisão num Piscar de Olhos
    Malcolm Gladwell
    Rocco (2005).
  • Confessions of a Public Speaker
    Scott Berkun
    O’Reilly (2009).
    Extensão: blog do autor.

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Observações:

  • Como prometido, inicio aqui uma série de artigos sobre Biblioteca Básica e Trilhas de Estudos. Prometo a publicação de pelo menos uma trilha por mês.
  • Os títulos citados na trilha ou como prováveis extensões merecerão artigos específicos. Só não seguirei uma ordem pré-fixada para não tornar a série muito chata ou repetitiva.
  • As trilhas não são estáticas nem se pretendem fechadas. Qualquer sugestão será muito bem vinda. A única coisa que garanto é que só vou recomendar títulos que eu tenha lido e, quando for o caso, testado.