Caminante, no hay camino,
Se hace camino al andar.

– Antonio Machado¹

A escrita de um livro é um trabalho essencialmente solitário. De vez em quando, em etapas mais avançadas, há a busca por feedback de editores e eventuais cobaias. No entanto, pelo menos 80% do trampo é solitário. Para a grande maioria dos livros, é assim que deve ser.

Este almanaque está em gestação há alguns anos. Foi pensado como livro. Pouco modesto, foi estruturado em quatro tomos

 

O mapa do almanaque

A foto acima, de 16/11/2018, é um marco: a primeira versão do mapa das histórias que o almanaque precisa contar. Como ensina Steven Pinker², este tipo de trabalho precisa ser planejado. 

Com um bom mapa em mãos comecei a escrever. Me coloquei a meta de duas mil palavras por dia. O pique durou cerca de um mês. Já tentei fazer isso antes. Não funcionou. Por que funcionaria agora? 

Como eu precisava concluir a pesquisa e testar muitas coisas no mundo real, parei de escrever. Era bom pretexto. Encerrei essa etapa em fevereiro último. No mês seguinte nós ganhamos a pandemia. Eu ganhei tempo e perdi as desculpas. Agora preciso terminar o que comecei. Como?

Vou escrever ao vivo publicando dois ou três posts por semana. E vou contar contigo em duas tarefas: 1) como editor, me ajudando a melhorar o que está publicado; e 2) como patrocinador, contratando e recomendando as aulas e oficinas oferecidas no finito

Lá na frente, daqui a um ou dois anos, este almanaque pode virar um, dois ou quatro ebooks. Se eu não tiver muita vergonha dele, talvez lance até uma versão na melhor tecnologia para esse tipo de coisa: no papel. O resultado, independente de qual seja, é o que menos importa. 

O que deve nos interessar é o caminho que vamos desenhar. Para tanto, haverá uma única regra: use bem a cabeça. 

Quero muito merecer a sua confiança e apoio.

 


 

Notas

 

  1. Poeta modernista espanhol em Campos de Castilla (1912).
    <https://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Machado> Link recuperado em 31/10/2018.
  2. Guia de Escrita (Editora Contexto, 2016)