Sexta, 14/mar 17h15, entrada de São Carlos. No canto esquerdo de um outdoor azul, aparece bem grande: JEE. Sorte que o ônibus está a 10km/hr. Deu tempo de ler na parte de baixo: Jabu Equipamentos Elétricos. A piadinha ‘quebra-gelo’ para o evento do dia seguinte já estava garantida. Breve pausa no hotel. Reconhecimento de terreno agendado para o mesmo dia. Graças ao atencioso Prof. Zorzo. 235alqs., mas está meio escuro. A Universidade está meio vazia. Não importa: já deu para perceber sua imensidão. E o ritmo de sua expansão. De cara, duas obras. Depois, três salas cheias e silenciosas. Duas moças apressadas preparam um coffee-break. No andar de cima um professor encerrando um trabalho “para ontem”. Sensação boa. Ambiente inspirador.

conserta, UFSCar

Foto de Juliana Maria (a mulher do ladrão boliviano!), surrupiada do Flickr.

Sabadão. Quase 80 pessoas na platéia. Normalmente elas só têm atividades no período da manhã. Hoje terão que me aturar até o final do dia. Aguentaram. São todos alunos do curso de pós-gradução “Desenvolvimento de Software para Web”. Metade começou esse ano. A outra parte está nessa desde o ano passado. O auditório é grande e confortável. Tem um quadro negro “dobrável” meio assustador. Assusta mais o tamanho da responsabilidade.Sorte minha que detono PM’s, DBA’s, Xispeiros e outros superheróis logo no início do evento. Garante risadinhas, algumas nervosas. Mas até que deu para guardar a piadinha do JabuEE para o período da tarde (o “quebra-gelo” virou “digestivo”). Jornada de 188 slides no trilho, vamos lá…

Desde dezembro eu não apresentava o FAN original – formato “palestrão”. É bem mais cansativo que suas duas oficinas-filhas. Claro, quase não paro de falar. O problema é que o formato também cansa a platéia. Um cansaço diferente, mas cansa. Em um ou outro ponto eu consigo “forçar” alguma interação, mas a turma é curiosamente passiva. Zorzo, logo após o evento: “aluno é sempre aluno”. Compreendo, mas sigo achando que posso corrigir – melhorar alguma coisa. E não são as piadinhas, que funcionam.

Os 3 breaks foram concorridos e variados. De novo, aquele espírito empreendedor que tanto invejo para minhas Minas. Projetos superinteressantes, livres dos vícios burocráticos e daquela verborragia cheia de modismos que impregna outras paradas. O papo com professoras e professores serve para confirmar d’onde vem a maturidade daquele pessoal. E tem gente que não entende porque insisto em não cobrar nada em eventos para Escolas.

A única nota triste aconteceu no 2º break, no almoço. Tive que testemunhar um meliante cometendo uma tremenda covardia com um amigo de Sampa. Não fosse o ambiente tão bom, o cara teria conseguido me estragar o dia. O sujeito não merece. E, por sorte, não estava em meu evento. Espero não revê-lo.

17 horas, apito final. Retorno muito legal – novas fontes de luz no horizonte. Me policio para não fazer deste o texto mais “baba-ovo” da história do finito. Mas o evento na UFSCar é daqueles que ficam tatuados na memória. Agradeço aqui a todos que participaram. Agradeço a valiosa participação da Profa. Dra. Sandra Fabbri e do Prof. Dr. Paulo. E registro minha grande dívida com Reinaldo Castro, que motivou o evento, e com o Prof. Dr. Sérgio Zorzo, que organizou tudo (com valioso apoio da Cristina) e pressionou F5.

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É claro que aquele ambiente não se encerra em seus 235alqs., naquele “ex-fazendão”. A cidade de São Carlos é muito agradável, bela, acolhedora, rica e enriquecedora. Tive pouco tempo para passear, mas fiz minhas caminhadas (nada perto dos 10km rodados em Floripa). No sábado mesmo fiz uma breve pausa no Mosaico, na praça XV de Novembro, bem pertinho de um campus da USP. Quando entrei tocava Sting. Depois samba. Tinha Gil na cidade (e, claro, nenhum ingresso naquele horário). Não vou prolongar a “babação de ovo”, mas devo antecipar uma provocação que destilarei em outro lugar: empresas espertas de Sampa e outros lugares deveriam considerar seriamente a abertura de filiais em São Carlos. Empresas de TI que dependam de talento, qualidade de vida e muita gente boa. Mas, por favor, sem o papo de “fábricas” e afins, ok?