Quentíssimo. Na última semana peguei 38°C no Rio e 34°C em Sampa. O calor de Sampa incomoda mais – falta a brisa. Mas outubro não foi* quente só no clima. Apresentei 6 oficinas em 12 dias! Quatro no Rio, em evento fechado, o que me impede de fazer uma “prestação de contas” aberta. Só posso dizer que foi em uma grande empresa. E que o que encontrei lá me deixou… vamos dizer: cabreiro. Tanto que um novo tema foi inserido na fila de artigos que estou devendo: algo como “Detonando AN’s”.

É a primeira vez que cito um evento fechado aqui no finito. Já levei o programa FAN (Formação de Analistas de Negócios) para empresas dos mais diversos portes e ramos de atividade. De empresas com 5 funcionários até “monstros” com cerca de 8k “colaboradores”. Não disfarçarei nunca minha preferência pelas menores. Além de saber o que querem, são mais corajosas. Em empresas maiores é muito comum encontrar o detestável “sempre foi assim – não vai mudar”. Um conformismo diretamente proporcional ao tamanho do abacaxi que deve ser descascado diariamente. Pior: um tipo de alienação que só faz aumentar os problemas.

Talvez eu me arrependa, mas preciso destacar outro ponto: as pessoas. Agora não falo dos eventos, mas das cidades como um todo. É um choque, particularmente para um mineiro, a transição Sampa – Rio – Sampa no intervalo de 3 dias. Não parece que as duas cidades são separadas por meros 400km. Não fosse a língua eu poderia dizer que são dois mundos totalmente diferentes. Tenho “traumas” anteriores na Cidade Maravilhosa. Mas eles estavam, de certa forma, esquecidos. As últimas visitas os ressuscitaram. Não causa espanto o fato de muitas empresas e associações saírem de lá. Ok, tô no limite (da auto-censura). Encerrarei assim: detesto o Diogo Mainardi. Salvo engano, ele vive no Rio. Então agora entendo uma obra dele: o Rio parece sim “Cronicamente Inviável”.  Não fosse aquele oceano de petróleo que acham por lá… Não fosse aquele mar de beleza… Mas talvez sejam esses mesmos os motivos para tantos problemas. Ok, vamos ao que interessa.

Requisito? Cadeiras móveis!Atendendo diversos pedidos, Tempo Real Eventos e eu programamos mais um par de oficinas do FAN em sábados (dias 11 e 18). A grande maioria dos 40 e tantos participantes contratou os dois eventos. Desta vez utilizamos uma sala da Globalcode. Apesar de legal, ainda não é a ideal para esse tipo de oficina. Engraçado, mas por que será que é tão difícil encontrar cadeiras soltas em salas de aula? Bem, o fato é que tirando um ou outro desconforto, as oficinas foram memoráveis!

Finalmente encontrei o “ponto” do módulo I, a “Modelagem de Negócios”. Halex, um dos participantes, escreveu em nosso grupo de discussão que o evento foi um “divisor de águas” para ele. Exageros à parte, realmente acredito que consegui trazer esta primeira oficina para o mesmo nível de maturidade em que se encontra o módulo II, “Engenharia de Requisitos”. Sei lá qual a contribuição da minha chatice, mas eu devo ter repetido dezenas de vezes que nós “modelamos um negócio para entendê-lo, não para gerar documentação“. Seria só retórica se as ferramentas apresentadas não fizessem sentido. Engraçado é que, em relação a todas as edições anteriores, eu só acrescentei um novo tipo de diagrama-ferramenta: o PUCS (Process Use Case Support). Mais sobre ele em um futuro (não muito distante) artigo.

No segundo encontro, sábado passado, a turma dispensou “quebra-gelos” e afins. Desde muito cedo demonstraram sua “fome”. Fui no embalo… Pois bem: tradicionalmente consigo aplicar o primeiro exercício ainda antes do almoço, lá pelas 11h30. Desta vez ele só foi possível quando meu relógio já berrava 15hs! Foi-se o “pulmão” (buffer de 1hr) e mais da metade dos exercícios. Um ponto tomou boa parte dos debates: o desenvolvimento “Iterativo e Incremental”. Mas eu consegui completar o programa, encerrando a oficina lá pelas 18h15. Em pleno sabadão chuvoso! E ninguém saiu da sala antes do fim!?! Foi realmente uma turma diferente. Boa, antenada e super sedenta. Mas eu sei que falhei feio na administração do tempo. Não tive coragem de “podar” assuntos paralelos. Na verdade, não vi o tempo passar. Tenho que dar um jeito de “pagar” os exercícios não executados. Sei que eles cobrarão…

* Obs.: Outubro “foi”? Mas ainda é dia 21! Pois é, o ritmo me fez abreviar o mês. E adiar uma oficina previamente programada para o próximo dia 30. Acontece que o backlog aqui tá vazando pelas bordas… Se eu não segurar agora, sai do controle. Inté!